sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mais perto, sem medo.

Hoje, meu irmão, como em todos os outros dias, me ocorreu de te pedir desculpas por tudo. Por ser uma das mentoras dessa guerra fundamentada no orgulho que nos foi passado pelo sangue. Orgulho covarde esse nosso; e assassino. Hoje, meu irmão, eu tive vontade de te dirigir a palavra como quem pede o sal do outro lado da mesa onde nunca nos encontramos. Tive vontade de chegar, te ver sentado no sofá e dizer oi sem parar meu caminhar em direção ao meu quarto, como quem volta da rua, quando, na verdade, eu estaria voltando de outro mundo e esbarrando em você no meio da Via Láctea.

Hoje, meu irmão, depois de tanto tempo querendo acreditar no homem tosco, ignorante e perigoso "que te criei", você me mostra seu tom de voz mais singelo, seu olhar mais emocionado, e o afeto mais genuíno que eu já conheci. Te vi murcho, absolutamente sem amarras. Ao mesmo tempo você carregava a força do magma de um vulcão adormecido querendo explodir. Choro quente, foi o que eu vi, destruindo minha cidade de mentira.

Hoje, meu irmão, você virou o meu mundo de cabeça para cima e deu um nó de seda pura na minha mente. Muito obrigado, disse meu coração sedento de um abraço seu.

Fiquemos juntos agora. Lutemos juntos daqui em diante. Nos reconheçamos sempre.

Hoje, meu irmão, nossa verdade é essa.

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