domingo, 29 de abril de 2012

Uma volta com Héctor Abad

Caminhei bastante sob o sol. Gosto de conhecer as cidades caminhando. Mas Brasília me disseram que não se pode conhecer caminhando. Está ao alcance do poder, dos helicópteros, dos automóveis, mas não está ao alcance das minhas pernas. Me pareceu muito estranho que em toda a esplanada eu não pude encontrar nenhum café, nenhum bar, nenhuma sombra.

Impressão estranha.

Os edifícios grandes, que em qualquer lugar do mundo seriam grandes, em Brasília se tornam pequenos. Porque tudo é grande.

Então Brasília não se nutre de uma evolução, porque evolução consiste em adaptar-se e Brasília não pode.  É uma cidade açoitada, artificial em muitos sentidos. É um bloco rígido. As pessoas, como se sentem?













As dimensões são tão grandes.
Telma Candice

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